Elementos da
Narrativa
A narração consiste em arranjar uma
sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num determinado espaço
à medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve
personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo,
personagens, espaço e tempo. Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma
determinada estrutura:
Esquematizando
temos:
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas
A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens.
Diante disso, a importância dos personagens na construção do texto é evidente. Podemos
dizer que existe um protagonista (personagem principal) e um antagonista
(personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de alcançar seus
objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens
secundários que também exercem papéis fundamentais na história.
Narratividade e narração
Narratividade e
Em nosso cotidiano encontramos textos narrativos; contamos e/ou
ouvimos histórias o tempo todo. Mas os textos que não pertencem ao campo da
ficção não são considerados narração, pois essas não têm como objetivo envolver
o leitor pela trama, pelo conflito. Podemos dizer que nesses relatos há narratividade,
que quer dizer, o modo de ser da narração.
Os Elementos da Narrativa
Os
elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.
Tipos de discurso da narração
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.
Tipos de discurso da narração
Discurso direto: o narrador apresenta a própria personagem falando diretamente, permitindo ao autor mostrar o que acontece em lugar de simplesmente contar.
Lavador de carros, Juarez de Castro, 28 anos, ficou desolado, apontando para os entulhos: “Alá minha frigideira, alá meu escorredor de arroz. Minha lata de pegar água era aquela. Ali meu outro tênis.”
Jornal do Brasil, 29 de maio 1989.
Discurso indireto: o narrador interfere na fala da personagem. Ele conta aos leitores o que a personagem disse, mas conta em 3ª pessoa. As palavras da personagem não são reproduzidas, mas traduzidas na linguagem do narrador.
Dario vinha apressado, o guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Foi escorregando por ela, de costas, sentou-se na calçada, ainda úmida da chuva, e descansou no chão o cachimbo.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Dois ou três passantes rodearam-no, indagando se não estava se sentindo bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, mas não se ouviu resposta. Um senhor gordo, de branco, sugeriu que ele devia sofrer de ataque.
Dalton Trevisan. Cemitério de elefantes. Rio de Janeiro,
Civilização Brasileira, 1964.
Civilização Brasileira, 1964.
Discurso indireto livre: é uma combinação dos dois anteriores, confundindo as intervenções do narrador com as dos personagens. É uma forma de narrar econômica e dinâmica, pois permite mostrar e contar os fatos a um só tempo.
Enlameado até a cintura, Tiãozinho cresce de ódio. Se pudesse matar o carreiro... Deixa eu crescer!... Deixa eu ficar grande!... Hei de dar conta deste danisco... Se uma cobra picasse seu Soronho... Tem tanta cascavel nos pastos... Tanta urutu, perto de casa... se uma onça comesse o carreiro, de noite... Um onção grande, da pintada... Que raiva!...
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante.
Mas os bois estão caminhando diferente. Começaram a prestar atenção, escutando a conversa de boi Brilhante.
Por
Marina Cabral - Especialista em Língua Portuguesa e Literatura
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br
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