segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Ao meu amor

Ao meu amor

Tua ausência
É sinônimo de dor
Tua chegada
Revitaliza o amor
És parte de mim
Sou parte de ti.
Foste a única
Que me infligiste dor,
Dor de um parto normal e complicado,
Dor da tua saída de casa,
Dor da tua ausência,
Dor da saudade que deixaste
Dilacerando minha alma.
Descobri que sinto medo,
Medo de perdê-la,
Medo de que te aconteça algo ruim
Medo por não estar por perto para defender-te.
E assim, por traz do semblante sério e austero
Descubro-me frágil
Sinto-me ínfima, impotente,
Diante das tuas certezas e convicções.
Tua personalidade forte
Herdaste de mim,
Mas quanto me maltrata
A tua teimosia.
Tua certeza esmaga meu coração
Imobiliza meus movimentos
Corta minha respiração
Pareces comigo fisicamente
Inegável isto é,
Contudo não herdaste minha racionalidade
Se o foste não abririas mão da tua vida
Por uma fantasia, uma infantilidade.
Do alto da rebeldia juvenil
A insensatez te faz desperdiçar
O melhor que a vida pode te proporcionar
Espero que não descubras tarde
O quão implacável é o tempo
Que rouba a beleza
Do que hoje viceja
Sem dar-lhe outra chance
De recuperar o que passado
Brevemente se tornará.
Entrego-te a Deus
É a única solução,
Oro, rezo, peço, suplico,
E assim encontro alento
Para o meu perturbado coração.
Por isso entendo do poeta a afirmação
“ser mãe é padecer no paraíso”
Concordo em gênero e número
Já que em grau nada precisa concordar
Mas até quando ficarei nesta aflição?
Não paro de me interrogar.

Andréa Cavalcante

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Use o verbo de maneira correta
Dicas necessárias!
Vamos aprender?
Me – pronome oblíquo átono, representa a 1ª pessoa e pode desempenhar a função de objeto direto ou objeto indireto. É usado sem preposição.
Ex:
José me ofereceu uma carona.
Os alunos sempre me respeitaram.
Ele disse que me adicionou.
Percebe que não há preposições nas frases acima?
Mim - é pronome oblíquo tônico, também marca a 1ª pessoa do singular (eu), vem sempre seguido de preposição (a, para, de, sem, por…).
Ex:
José ofereceu carona a mim.
Disseram a mim toda a verdade.
Mandou uma carta para mim.
Notou as preposições?

*Muito cuidado com o uso desses pronomes!
Foi amor 
            A lei da física diz que os opostos se atraem. Sempre achei que isso era meio duvidoso até que conheci duas figuras interessantes. Pessoas completamente diferentes, que por conspiração do universo, acabaram se conhecendo e se envolveram numa tórrida história de amor. Essa história é assim mesmo, com H.
            Para justificar o registro escrito dessa história, vou usar um trecho de um texto de Arnaldo Jabor, que eu amo, e que diz o seguinte “Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem. Caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Esses são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera”.
            Pois bem, numa manhã de um ano qualquer, Ele apareceu e não custou para ser notado por todos. Tinha um sorriso fácil, falava muito e bem, tinha uma insana necessidade de ser notado, impressionava a todos que o rodeavam pela forma de se expressar, pelo jeito menino de ser. Era com certeza uma dessas pessoas que causam impacto quando entram num ambiente, tanto pelo tipo físico, quanto pela personalidade marcante. Escorpianos são assim mesmo, intensos, impulsivos, envolventes.
            No início, Ela o admirava e sua amizade trazia alegria para a vida solitária e sem graça que Ela levava. Com o passar do tempo, aquele sentimento misto de amizade e admiração começou a virar atração. Isso a incomodava bastante, porque esse tipo de sentimento nunca experimentara. Isso a assustou e mais assustada ficou, quando percebeu que era correspondida. Como isso poderia estar acontecendo? Como dois opostos poderiam atrair-se tanto? Assim comprovava-se a teoria de Einstein. E arrisco afirmar que além de atraírem-se, os opostos dessa história completavam-se.  
            Eles foram se envolvendo e numa manhã inesquecível aconteceu o primeiro beijo. Não foi qualquer beijo. Foi um beijo único, mágico, capaz de fazer parar o tempo e fazê-los esquecer quem eram e onde estavam. Assim começou a história de amor mais inusitada da qual ouvi falar. Foi tudo tão intenso, tão marcante, tão especial, tão único e tão efêmero. Uma história cheia de perfume, músicas, fugas espetaculares regadas a muito vinho, muito querer, muito prazer, muita paixão, ótimas conversas e uma perspectiva de recomeço, de uma vida nova.  Quanta felicidade! Ela só conseguia se encontrar quando se perdia, literalmente, nos braços Dele.
Mas a vida que é caprichosa bifurcou o caminho pelo qual eles andavam juntos e depois de inúmeros problemas e desencontros, cada um seguiu um caminho diferente. Então da mesma forma que Ele, sem pedir permissão, entrou em sua vida e tomou conta de seu coração, foi embora, sem mais, nem talvez. Certa vez, li em algum lugar que os amores são eternos quando impossíveis, talvez seja esse o caso.
Quem sabe um dia, um dia sem sol, nem chuva, um dia comum, sem extremos, um dia quente como a sensação que lhe invadia o corpo quando Ele a tocava, neste dia os dois se reencontrem, longe de todos os problemas e circunstâncias que os cercam e os separam. A vida é tão louca e dá tantas voltas, quem sabe esse dia aconteça?
             E assim, os dias passam, passam os anos, passa a vida. Os dois seguem, em separado, mas unidos pelas lembranças. Se um dia voltarão a se encontrar, como já disse, ninguém sabe. Ela só guarda uma certeza, valeu muito à pena, porque a vida é o que acontece enquanto você perde tempo fazendo planos e indubitavelmente ninguém que entra em nossa vida, faz isso ao acaso. Por isso concordo, Ele virou marca indelével no corpo e na alma daquela mulher e contribuiu para que ela se enxergasse de outra forma. Além disso, “não Era pra ser amor” porque na verdade “Foi amor”! Afinal de contas, quem disse que amor precisa ser calmaria?

Andréa Cavalcante Monteiro Alves

quarta-feira, 1 de junho de 2016

UTILIDADE PÚBLICA!!!!



Brincando de aprender a escrever!!!





Processos de formação de palavras (aula 2)

Derivação (continuação)
Regressiva: retirada da desinência “r” dos infinitivos dos verbos (quebrar [infinitivo] = quebra).
- Imprópria: forma-se a palavra nova sem alterar a forma da palavra primitiva (cantar = verbo / cantar= substantivo)

Composição: é o processo em que a palavra se forma pela agregação de 2 (ou +) palavras de sentido próprio.
Ex. plano + alto = planalto (palavra composta).
* Tipos de composição: justaposição e aglutinação.
- Justaposição: é a composição em que os elementos juntos têm a mesma pronúncia de quando estavam separados (gira + sol = girassol).
- Aglutinação: é a composição em que pelo menos um dos elementos têm a pronúncia diferente de quando estavam separados (água + ardente = aguardente).

Figuras de Linguagem

1 - Comparação: expressão de termo  comparativo. Quase sempre  acompanhada da conjunção “como”. 
Ex: Faço versos como quem chora  De desalento... de desencanto... 
Manuel Bandeira
2 - Metáfora: comparação mental ou  abreviada em que prevalece a relação  de semelhança. Não aparece a  conjunção “como”.  
Ex: Meu coração é um balde despejado. 
3 - Catacrese: uso de uma palavra por falta de outra.  
Ex: As pernas da mesa estão bambas. 
4 - Metonímia: designação de um pormenor  pelo conjunto de que se quer falar. 
Ex: Ler Clarice Lispector. (autor pela obra)
5 - Personificação ou prosopopeia:  atribuição de ações, qualidades ou  sentimentos a seres inanimados. 
Ex: O tempo passou na janela  e só Carolina não viu.   
Chico Buarque de Holanda
6 - Hipérbole: afirmação exagerada.  
Ex: Falei mil vezes para você!  
              Morri de estudar para o vestibular.
7 - Sinestesia: interpretação de planos  sensoriais, mistura de sensações  de sentidos diferentes.
Ex: Senti um cheiro doce no ar.   
8 - Antítese: contraposição de uma palavra  ou frase a outra de sentido oposto. 
Ex:Toda guerra finaliza por onde  devia ter começado: a paz.  
9 - Ironia: sugestão pela entonação e pelo  contexto de algo contrário ao que  pensamos, geralmente com intenção  sarcástica. 
Ex:  A excelente D. Inácia era mestra na  arte de judiar de crianças. 
10 - Eufemismo: emprego de termos  considerados mais leves para suavizar  uma expressão considerada cruel ou  ofensiva.  
Ex: Foi para o céu, em vez de morreu. 
      Está forte, em vez de está gorda. 
      As figuras de linguagem são recursos utilizados pelos autores para realçar uma ideia.     

terça-feira, 26 de abril de 2016

Tipos de sujeito

Sujeito é o ser de quem se fala na oração

Sujeito Simples: possui apenas um núcleo e este vem exposto.
Exemplo: Tudo será esclarecido.

Sujeito Composto: possui dois ou mais núcleos que também vêm expressos na oração.
Exemplo: Fome e desidratação são agravantes das doenças daquele povo.

Sujeito elíptico, subentendido ou desinencial: é determinado pela desinência verbal e não aparece explícito na frase. Dá-se por isso o nome de sujeito implícito. Antigamente era chamado de sujeito oculto.
Exemplos:
- Estamos sempre alertas para com os aumentos abusivos de preços. (sujeito: nós)

Sujeito Indeterminado: Este tipo de sujeito não aparece explícito na oração por ser impossível determiná-lo, apesar disso, sabe-se que existe um agente ou experienciador da ação verbal.
Exemplos:
1- verbo na 3ª pessoa do plural
- Dizem que a família está falindo. (alguém diz, mas não se sabe quem)
- Disseram que morreu do coração.
2- verbo na 3ª pessoa do singular + se, índice de indeterminação do sujeito
- Precisa-se de mão de obra especializada. (não se pode determinar quem precisa)

Sujeito inexistente: também chamado de oração sem sujeito, é designado por verbos que não correspondem a uma ação, como fenômenos da natureza, entre outros.

Exemplos:
1- Verbos indicando Fenômeno da Natureza
- Choveu na Argentina e fez sol no Brasil.
2- verbo haver no sentido de existir ou ocorrer
- Houve um grave acidente na avenida principal.
- Há pessoas que não valorizam a vida.
3- verbo fazer indicando tempo ou clima

- Faz meses que não a vejo.
- Faz sempre frio nessa região do estado.

Orações Coordenadas

Orações coordenadas são orações independentes. As orações coordenadas se dividem em: sindéticas e assindéticas. Observe:
  1. Marina compareceu à aula.
  2. Marina compareceu à aula e cumpriu todas as ordens da professora.
Perceba que não há conjunção no primeiro período. Nesse caso, tem-se uma oração coordenada assindética, isto é, que não apresenta conjunção. No segundo período, as duas orações são interligadas por meio da conjunção “e”, por isso, trata-se de uma oração coordenada sindética.
As orações coordenadas sindéticas classificam-se em:
  1. Aditiva
    No geral, expressa a ideia de adição:
Ex: Ainda não fiz o almoço, nem arrumei a casa. (nem = e não)
  1. Adversidade
    Exprime ideias que se opõem:
    • O time jogou bem, porém perdeu o jogo.
    • Outros exemplos: todavia, contudo, mas, entretanto...
  2. Explicativa
    Apresenta uma justificativa:
    • Na segunda-feira, não foi ao trabalho porque estava doente.
    • Mais exemplos: porque, pois (anteposto ao verbo).
  3. Alternativa
    Sinaliza uma opção/alternativa:
    • Alerte o seu filho, ou ele acabará sendo reprovado este ano.
    • Mais exemplos: quer...quer, ou...ou, ora...ora
  4. Conclusiva
    Indica uma conclusão
    • Os preços dos produtos se elevaram significativamente. Por isso, reduzimos a nossa compra.
    • Outros exemplos: logo, pois (posposto ao verbo), consequentemente, portanto, por conseguinte, de modo que.

Processos de formação de palavras ( aula 1)

Formação das Palavras
Há dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a derivação e a composição. 
Derivação
Derivação é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra já existente. EX: dente ( palavra primitiva) – dentista ( palavra derivada)
Tipos de Derivação
Derivação Prefixal ou Prefixação
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva, para formarmos uma nova palavra.
EX: des + leal = desleal
Derivação sufixal ou sufixação
Resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva, que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical.
EX: casa + inha = casinha
Derivação Parassintética ou Parassíntese
Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos.
Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo  "en-" e do sufixo "-ecer". A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa língua não existem as palavras "entriste", nem "tristecer". 

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Revisão - Classe de palavras - substantivo

Substantivos são palavras variáveis (mudam do masculino para o feminino e /ou do singular para o plural) que servem para nomear seres em geral, visíveis ou não, animados ou não, além de sentimentos, desejos, ideias.

Substantivo pode nomear:
Ø  Pessoas
Ø  Sentimentos
Ø  Objetos
Ø  Lugares
Ø  Seres vivos- reais ou imaginários

                 CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO
Os substantivos classificam-se em:
Ø  comuns
Ø  próprios
Ø  concretos
Ø  abstratos
Ø  coletivos
         Substantivos comuns: referem-se a qualquer ser de uma espécie, sem particularizá-lo.
          Ex.: A cadeira está quebrada

         Substantivos próprios: nomeiam um ser em particular, destacando-o dentro da espécie ou do grupo; são escritos com letra maiúscula.
         Ex.: Eu moro em Caiçara

         Substantivos concretos: nomeiam seres com existência própria, ou seja, que não dependem de outro ser para existir. Designam seres de existência independente, sejam reais ou fictícios.
         Ex.: A beleza (substantivo abstrato) existe na pessoa ou coisa que é bela.
       O amor (substantivo abstrato) existe na pessoa que ama.
Observação:  geralmente, o substantivo abstrato deriva de verbo ou adjetivo.
Ex.: Belo - beleza
        odiar - ódio
Substantivos coletivos: designam uma pluralidade de seres da mesma espécie. 
Vejamos alguns substantivos coletivos:
Substantivos Coletivos
Alcatéia
De lobos
Arquipélago
De ilhas
Banca
De examinadores
Bando
De aves, de ciganos, de malfeitores
Cáfila
De camelos
Cancioneiro
Conjunto de canções, de poesias líricas

                      CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO QUANTO À FORMAÇÃO
            Primitivos 
            Derivados
            Simples
            Compostos

            Substantivos primitivos são aqueles que dão origem a outras palavras.
             Ex.: livraria = livro + -aria.

             Substantivos derivados são os que se originam de outras palavras.
            Ex.:arvoredo = árvore + -edo.

           Substantivos simples: são os formados por apenas uma palavra.
            Ex.: couve.
           Substantivos compostos: são formados por mais de uma palavra.

     Ex.:couve-flor = couve + flor.